A Comissão de Meio Ambiente discutiu nesta terça-feira (16/9) a situação do empreendimento Bosque Cidade Jardim, no Morumbi. Ele é alvo do Ministério Público e dos moradores da região, que alegam que o terreno é uma área de preservação permanente, com presença de nascentes.
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Presente na reunião, o secretário adjunto do Verde e Meio Ambiente, Ricardo Brandão Figueiredo, pontuou que uma vistoria do órgão foi realizada em 2012 e não foi verificada nenhuma irregularidade ambiental. No processo de licenciamento ambiental não consta a existência de nascentes. Consta um córrego já canalizado há muitos anos. O Tribunal de Justiça de São Paulo tem vários acórdãos sobre isso que dizem que o córrego canalizado não é mais uma área de preservação permanente.
O empreendimento pertence à JHSF e consiste em um condomínio de luxo residencial. Possui 48 mil metros quadrados, sendo 12 mil de área verde. De acordo com o site da empresa, essa área terá trilhas para caminhada, playground infantil, área para ginástica e prática de yoga, quadra de tênis e quadra para a prática de vôlei e futebol.
Francisca Faga, moradora do bairro, apresentou fotografias da área e afirmou que, além de não se preocuparem com as nascentes, a JHSF está destruindo a vegetação, que é formada principalmente por araucária e pau-brasil, árvore em extinção.
Segundo o presidente da comissão, vereador Gilberto Natalini (PV), os trabalhos em cima desse caso continuarão e será necessário ainda ouvir o promotor responsável, um representante da DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).?
Confira nota da empresa JHSF:
A JHSF informa que, em relação à reunião da Comissão de Meio Ambiente, foi convidada, compareceu e se manifestou esclarecendo que obteve todas as licenças necessárias e está realizando a obra dentro do que a legislação vigente exige.
(15/09/2014 – 15h08)