Após a votação para os cargos da mesa diretora da Câmara Municipal de São Paulo, diversos vereadores parabenizaram o presidente eleito, Donato (PT). A eleição do petista contou com o apoio de uma ampla coalizão e baseou a ocupação dos cargos da Mesa Diretora no princípio da proporcionalidade, ou seja, dando preferência para as maiores bancadas escolherem os cargos que desejam ocupar.
Para o novo corregedor da Casa, vereador Dalton Silvano (PV), a escolha de Donato para o cargo é consequência do trabalho desenvolvido. “Tenho grande apreço e consideração por ele [Donato], que hoje está sendo coroado para presidir a Câmara”, declarou. “Tenho certeza que vossa excelência fará um brilhante trabalho, dando sequência na democratização da informação e ampliação da transparência dessa Câmara”, acrescentou.
O líder do PSDB, Andrea Matarazzo, desejou sucesso ao novo presidente. “Espero que você consiga levar o nome da Câmara àquilo que ela merece, como algo importante e que tem papel determinante na nossa cidade. Obviamente faremos oposição, não à mesa, mas às ideias discutidas em plenário”, afirmou.
A escolha de Donato não foi unânime. O vereador Toninho Vespoli (PSOL) se absteve. “ A mesa diretora deve pensar em um projeto da Câmara em relação a toda sociedade e quando você amarra isso com a proporcionalidade você acaba com qualquer debate. Acho que as escolhas deveriam ser livres. Não é nada pessoal contra nenhum candidato”, justificou o socialista, que espera que o novo candidato mantenha uma “relação de independência com a prefeitura”.
A bancada do PMDB – que não terá presença na Mesa Diretora – registrou presença, mas optou por não votar. “Não votamos porque não estamos participando da mesa. Foi uma decisão da bancada de não participar, porque teremos outras atividades que vão demandar mais tempo”, justificou o líder do PMDB, Ricardo Nunes.
Os vereadores Gilberto Natalini (PV) e Ricardo Young (PPS) também não votaram. “O objetivo é honrar os compromissos assumidos no ato da assinatura do manifesto por mais produtividade na Câmara Municipal de São Paulo”, afirmaram os parlamentares em nota.
Na semana passada, os vereadores entregaram um documento pedindo que os candidatos para a Mesa Diretora se comprometessem a não derrubar as sessões ordinárias, respeitando a realização do pequeno e do grande expediente, além de promover um uso mais equilibrado do Congresso de Comissões – mecanismo que permite a apreciação de projetos de lei pelas comissões de mérito durante a sessão plenária. “Como não houve por parte dos candidatos a disposição a comprometer-se, Natalini e Young optaram por não votar na eleição da Mesa”, afirma a nota.