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Vereadores debatem as consequências das chuvas na capital

Por: MARCO ANTONIO CALEJO
DA REDAÇÃO

11 de fevereiro de 2020 - 20:16
Afonso Braga / CMSP

Sessão Plenária desta terça-feira (11/2)

A forte chuva que causou estragos na cidade de São Paulo dominou os debates da Sessão Plenária desta terça-feira (11/2). Vereadores utilizaram a Tribuna do Plenário 1° de Maio para debater e propor soluções.

Meio ambiente e políticas públicas

Para o vereador Gilberto Natalini (PV), as mudanças climáticas provocadas pelo desmatamento de áreas verdes e pelas ocupações irregulares são fatores determinantes para os alagamentos. O parlamentar também destacou a importância de políticas públicas para evitar as enchentes.

“A cidade não se prepara. Não é um problema só de um governo, são muitos governos. As matas estão sendo derrubadas com uma violência enorme. Isso ajuda a aumentar a incidência e a violência da chuva”, falou Natalini.

O vereador João Jorge (PSDB) disse que a capital paulista tem uma política pública estabelecida para enfrentar as fortes chuvas. Como forma de prevenção, segundo o parlamentar, a prefeitura realizou a limpeza de córregos, afluentes dos grandes rios e dos piscinões nos últimos meses.

“O prefeito também está construindo novos piscinões, se não o que aconteceu em São Paulo teria sido muito mais grave. Apesar de tudo o que aconteceu, a prevenção fez com que não houvesse sequer uma vítima fatal”, disse João Jorge.

Resgates

O trabalho da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi lembrado por parlamentares.

Para o vereador Gilberto Nascimento Jr. (PSC), as instituições tiveram papel fundamental para socorrer moradores da capital:

“Quero parabenizar e ressaltar o excelente trabalho de homens e mulheres que nunca se refutaram a salvar a vida das pessoas, que são os policiais militares, bombeiros e GCMs”.

O vereador Camilo Cristófaro (PSB) também destacou o trabalho dos policiais, bombeiros e guardas municipais:

“Quero pedir à população de São Paulo que agradeça à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo. Heróis da GCM salvaram uma senhora de 73 anos”.

Afonso Braga / CMSP

Lixo

A limpeza da cidade de São Paulo foi um dos focos do discurso do vereador Adilson Amadeu (DEM). O parlamentar também cobrou mais consciência das pessoas para que não joguem lixo nas ruas:

“A população tem que saber que não pode fazer isso (jogar lixo na rua). Temos que nos preocupar. Agora, nós temos 300 córregos e nada foi feito. Ninguém limpou córrego nenhum”.

O vereador Milton Leite (DEM) concorda que o lixo jogado nas ruas e as ocupações irregulares provocam enchentes, mas para o parlamentar um outro motivo para os alagamentos é a falta de vazão da água:

“A saída da água é para o (Rio) Tietê, que é o escoamento da cidade de São Paulo. A água drenada de São Paulo só tem essa saída. Ela está estrangulada”, disse.

Mudanças climáticas

Da Tribuna do Plenário, o vereador Toninho Vespoli (PSOL) disse que a gestão municipal tem que ficar atenta às mudanças climáticas:

“A administração tem que estar conectada com essas novas mudanças. A gente sabe que irão ter outros anos com chuvas fortes, porque a mudança climática é questão no mundo inteiro”.

O vereador Paulo Frange (PTB) destacou que as mudanças climáticas têm provocado situações adversas em diversos países. Entretanto, o parlamentar afirmou que os trabalhos preventivos são essenciais:

“Há mais de cinco meses, o município de São Paulo tem feito limpeza de bueiros e córregos em todas as subprefeituras, tirando mais de mil toneladas por mês de sujeira. Imagina se não tivéssemos tirado tudo isso?”.

Responsabilidades

Para o vereador Senival Moura (PT), é preciso apontar as responsabilidades:

“É fácil dizer que a população é culpada, que o povo não foi atento. Temos que dar responsabilidade a quem tem. Especialmente aquele que não fez o serviço que deveria ter sido feito”.

A vereadora Soninha Francine (CIDADANIA) discutiu o assunto. Ela reconhece que o lixo e as ocupações irregulares contribuem com os alagamentos, mas a parlamentar também entende que a questão estrutural influencia para aumentar o problema:

“A gente tem problemas com a varrição, com a educação, com o lixo em lugar errado, de coleta deficiente, de irregularidade, ilegalidade. Tudo agrava as enchentes. Mas não isso que acontece quando você tem 160 milímetros de chuva da noite para o dia”.

Assista a sessão plenária na íntegra:

 

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