Na primeira reunião ordinária da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Poluição Petroquímica, ocorrida na manhã desta quinta-feira (12/5), os vereadores debateram como ocorrerão as investigações e como se dará a atuação da Comissão.
Eles também aprovaram 25 requerimentos com solicitações de informações a diferentes órgãos públicos, pedidos para que entidades acompanhem e colaborem com os trabalhos, além de convites para a realização das primeiras oitivas do colegiado.
“A primeira etapa é convidar as pessoas que podem ajudar a esclarecer o motivo do porquê essa CPI foi criada”, destacou o presidente da CPI da Poluição Petroquímica, vereador Alessandro Guedes (PT). “Depois dessa etapa, a ideia é dialogar com a população, que sente na pele os problemas da região e que tem inclusive provas”, acrescentou.
Guedes afirmou que, posteriormente, serão convidados os órgãos públicos responsáveis pela fiscalização da região, para avaliar a situação em todas as suas esferas. “Também chegará o momento em que ouviremos o próprio Polo, para saber qual o projeto de modernização do seu parque fabril, se existe ou não existe, para que não polua tanto quanto parece que ele polui”, frisou. “Nós queremos ouvi-los. E vamos buscar elementos e, se estiver claro que eles poluem, iremos agir com todas as ferramentas que tivermos à nossa disposição para proteger a população de São Paulo”, concluiu o vereador.
Os demais membros da CPI da Poluição Petroquímica também se manifestaram. “O que estamos acompanhando nessa questão do Polo Petroquímico, o que percebemos conversando com vários moradores, não é um dado científico, mas vemos uma incidência maior de problemas pulmonares naquela região. E eu acho que essa CPI poderá demonstrar isso”, ponderou o vice-presidente da Comissão, vereador Professor Toninho Vespoli (PSOL).
“Nós cansamos de ver pessoas que vão atrás de um auxílio-doença, da Previdência Social porque não tem mais condição de trabalhar, porque estão com a sua condição totalmente comprometida. E temos essa preocupação”, comentou o relator dos trabalhos, vereador Faria de Sá (PP).
“Queria pedir se poderíamos criar um canal para recebermos notícias de pessoas que tenham algum tipo de doença que esteja vinculada [ao Polo Petroquímico], ou e-mail, ou disque. Porque, do lado de Santo André e de outros locais, talvez até aqui em São Paulo, as pessoas, quando procuram assistência médica, às vezes não encontram aquela especialidade do lado da sua casa, encontram em outras localidades. E, normalmente, esse número não é contabilizado naquela região [do Polo]. Então precisamos realizar um levantamento”, sugeriu a sub-relatora da Comissão, vereadora Sandra Tadeu (UNIÃO).
“É muito importante falarmos desse assunto. Estamos discutindo mudanças climáticas no mundo inteiro. Existe a questão da saúde pública, existe a questão da poluição e camada de ozônio. Então, eu acho que só de estarmos falando sobre esse assunto e apurando algumas questões, tendemos a melhorar a questão daquela própria região, da cidade, do Brasil e do planeta como um todo”, ressaltou o vereador Xexéu Tripoli (PSDB).
A reunião foi conduzida pelo presidente da CPI da Poluição Petroquímica, vereador Alessandro Guedes (PT). Também participaram o vice-presidente, vereador Professor Toninho Vespoli (PSOL), o relator, vereador Faria de Sá (PP), a sub-relatora, vereadora Sandra Tadeu (UNIÃO), e o vereador Xexéu Tripoli (PSDB), membro do colegiado. A íntegra dos trabalhos está disponível no vídeo abaixo:
Sobre a CPI
A CPI da Poluição Petroquímica busca investigar denúncias sobre a poluição e a contaminação ambiental no entorno do Polo Petroquímico de Capuava, na região do ABC paulista, que supostamente vem prejudicando a saúde de moradores de bairros da zona leste da capital localizados próximos ao Polo.
Não somente a poluição de material particulado na atmosfera, mas tbm a questão do odor e barulho. Muito me preocupo com questões que vão além, a saúde dos moradores e dos Pet.s que estão com alergia, segundo relatos. A minha como exemplo, sofre de alergia severa e eu acredito que seria por conta da poluição, uma vez que em todos os exames dermo nada apresentou.
Pesquisas apontam que a poluição no entorno esta 17x maior que um dos órgãos competentes por fiscalizar, apresentou. Outra pesquisa aponta que índice de pessoas com tireoide neste região é maior. Por tanto existe um problema grave de saúde e bem estar, mas tanto o POLO como os órgãos competentes até então nada provaram ao contrario disso. Estamos no aguardo!
No mais, matérias na TV e agora CPI, nunca chegamos tão longe, logo se faz providencias, pois até agora o silencio paira por parte do POLO…
Certo da importância do mesmo e da arrecadação de impostos que ele gera, cabe ressaltar que ninguém é contra o POLO e sim contra a poluição, apenas!
Ainda chamo atenção aqui do prefeito de Maua e vereadores, esta cidade arrecada cerca de 60% dos impostos somente do POLO segundo aponta no google, no entanto cade eles? Os impostos e os vereadores? (pergunto)
É um absurdo gravíssimo um problema de tamanha importância não ter seus vereadores de Maua se movimentando a respeito.
no mais, agradecemos ao Alessandro e todos que tem dedicado seu tempo nesta causa de bem coletivo!!