O Projeto de Lei (PL) 17/2014, que prevê o alargamento de diversas vias da cidade para a implantação de 17 corredores de ônibus, foi debatido em plenário nesta terça-feira pelos vereadores da Câmara Municipal. O PL do Executivo ainda precisa passar por uma segunda votação antes de ser levado à sanção do prefeito.
Para o vereador Natalini (PV), falta um estudo de impacto ambiental para que o projeto seja aprovado. Ele destacou o fato de as alterações afetarem milhares de pessoas. Segundo o vereador, apenas na região de São Miguel Paulista, na zona leste da cidade, seriam necessárias 1.049 desapropriações. É uma obra feita de cima para baixo. Embora tenha um conteúdo que eu concordo, mas, do jeito que está, vai passar por cima dos munícipes que estão nessa rota.
Segundo o vereador Alfredinho (PT), líder dos petistas na Câmara, não houve falta de diálogo com os moradores e comerciantes das áreas que serão afetadas. Foram feitas várias audiências públicas e o projeto foi aprovado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O problema é que ninguém consegue contentar a todos. É um projeto importantíssimo para a cidade que precisa ser votado.
O vereador Nabil Bonduki (PT) disse que o alargamento das vias vai levar melhorias para os bairros da periferia. Terão calçadas mais largas, será criada uma política de garagem diferenciada. A ideia é levar a qualidade urbanística que hoje existe nas áreas mais centrais para a periferia. Não é um prejuízo, mas um benefício para a população local.
Líder da bancada do PSDB na Câmara, Floriano Pesaro destacou que não houve um aumento significativo no número de pessoas transportadas pelos ônibus desde o início da implantação das faixas exclusivas e criticou o sistema de pagamento às empresas, que recebem por quilômetro rodado. O governo está pagando mais para as empresas de ônibus, e não é porque elas estão transportando mais passageiros, disse.
(03/06/2014 19h47)