Os vereadores da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ) e da Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal fizeram reunião conjunta nesta quinta-feira (22/04) pra discutir a derrubada do veto do prefeito Gilberto Kassab ao projeto de lei 564/06 dos vereadores Agnaldo Timóteo (PR) e Antonio Goulart (PMDB). O PL limita o horário de término das partidas futebol para as 23h15 na capital. Seguindo o que pede o regimento da Casa, o projeto será encaminhado para a votação em plenário. O veto, para ser derrubado, precisa de maioria simples, ou seja, 28 votos. No início da reunião o vereador Agnaldo Timóteo (PR) criticou o veto do prefeito. Em sua opinião, “com jogos mais cedo a população seria a grande beneficiada” De acordo com o parlamentar, “a Rede Globo, que detém os direitos de transmissão dos principais torneios, teria ainda maior audiência com o início dos jogos mais cedo, pois o número de crianças e idosos ligados no canal aumentaria.”
A respeito dos shows que terminam após a meia-noite o vereador Ítalo Cardoso (PT), presidente da CCJ, entende que as regras para eventos esportivos diferem das regras de eventos musicais. “O futebol é realizado no mínimo duas vezes por semana, portanto nada mais justo do que se estabelecer regras para isso. Já os grandes shows musicais são esporádicos; são situações completamente distintas.”
O vereador ainda ponderou: “O Município e o Estado tem de entrar num acordo, ou se estende o transporte da cidade em dias de jogo para mais tarde ou se limita o horário das partidas de futebol.”
Para o vereador Marco Aurélio Cunha (DEM) há uma diferença clara entre se limitar os horários das partidas e aplicar a mesma medida em um grande evento musical. “A característica do show é diferente. Não há torcida organizada, por exemplo; shows são pacíficos. E a cidade recebe grandes espetáculos musicais há cada três meses, é um evento esporádico e as pessoas que vão escolhem passar por possíveis transtornos, como horários tardios. Já o futebol tem quase todos os dias e os torcedores não escolhem passar por estes transtornos.”
Entretanto, o vereador pediu revisão das leis que punem torcedores delinquentes e um amplo debate a respeito de transporte público. “Limitar o horário das partidas é um passo importante para a população e não uma saída para resolver tudo. Há uma série de coisas que precisam ser revistas e temos de discutir. Devemos buscar o que é melhor para o torcedor”, finalizou.
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