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Vereadores debateram PL por quase 4 horas

16 de maio de 2012 - 20:46

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Nos debates que antecederam a votação da concessão de um terreno no centro da cidade para o Instituto Lula, os parlamentares do PT e da base aliada do prefeito Gilberto Kassab defenderam que aprovar o Projeto de Lei (PL) seria fazer justiça ao legado do ex-presidente.

O líder do PT, Chico Macena, disse que projetos semelhantes são realizados em outros países, onde instituições deixam disponível à população o acervo de ex-presidentes como pretende o Instituto Lula. “Hoje vamos fazer avançar, na Cidade de São Paulo, um projeto pela democracia, pela educação e pela preservação da história desse país, declarou.

A entrega de um terreno público para uma entidade ligada a um partido, sem licitação, não é legal, na opinião de Floriano Pesaro (PSDB). É um instituto privado. O Paulo Okamoto é o presidente do instituto. Sabe o que ele disse à imprensa? Ele disse: nós não devemos satisfação das nossas contas porque somos uma entidade privada, comentou o líder do PSDB.

Em resposta, Donato (PT) afirmou que ações semelhantes não despertam o mesmo criticismo. Eu acho estranho. O Círculo Militar recebeu uma concessão e tá lá no Ibirapuera. E ninguém fala nada, criticou o parlamentar.

Adílson Amadeu (PDT) criticou a administração Kassab pela iniciativa. Em uma área daquela, caberia pelo menos um hospital para o tratamento de dependentes químicos, afirmou, referindo-se ao substitutivo apresentado por Cláudio Fonseca (PPS), que destinava o terreno para a construção de uma instituição para cuidar de dependentes químicos.

Para o líder do PCdoB, Jamil Murad, a concessão não impede que outras iniciativas para preservar a história da democracia brasileira recebam o mesmo benefício. Outras instituições podem ser estimuladas também a contar, completar a história. Nós não estamos votando que esse será o único memorial da democracia.

O presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), também foi à tribuna, onde defendeu o projeto. Segundo ele, em nenhum momento das discussões foi lembrado que o texto do PL determina que o projeto a ser erguido deve atender a diretrizes a serem estabelecidas pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).

(16/05/2012 – 20h38)

 

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