As ausências do secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, e do representante da Construtora São José, Rodrigo Curi, e a falta de esclarecimentos do agente de Controle Ambiental da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, Amós Luciano Carneiro, deixaram irritados os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Danos Ambientais, reunida nesta terça-feira (28/04), no Plenário da Câmara Municipal. Ao fim do encontro, os integrantes da CPI fizeram uma reunião fechada no gabinete do vereador Antonio Goulart (PMDB), presidente da comissão, para decidir que providências devem ser tomadas para acabar com esse descaso. “A minha indignação é muito maior, pois me dedico a estudar o assunto. Dedico todo dia um tempo para estudar o problema. Faço levantamento, deixo tudo escrito, mas chego aqui e não tem ninguém que responda as minhas perguntas. E, toda vez, que faço uma pergunta por escrito, a resposta demora de dois a três meses para chegar. E quando chega ela é tão lacônica que não traz nenhuma informação”, reagiu o vereador Paulo Frange (PTB).
“Não é a primeira vez que participo de uma CPI que envolve o meio ambiente. Tenho 12 anos de Câmara Municipal de São Paulo e posso garantir, assegurar que tenho a convicção que o meio ambiente ainda não foi eleito como prioridade por nenhum governo”, desabafou Frange. “Nós só estamos na fase dos discursos e, toda vez que se começa discutir meio ambiente e começamos a colocar o dedo em feridas perigosíssimas para a população, já começam a sair anúncios de poluição em cima de postos de gasolina, porque fazem ai uma enorme nuvem e escondem por trás de tudo isso os grandes contaminantes.”
Ao comentar o fato de que o representante da Construtora São José enviou e-mail informando que não poderia comparecer à CPI, Frange afirmou: “Mais uma vez não apareceu. Vamos pedir até com condução coercitiva a presença do representante da construtora São José, proprietária de um galpão na antiga fábrica da Cooperativa Agrícola de Cotia, no Jaguaré, que tem registrado na escritura de que as 12 mil toneladas de resíduos contaminantes seriam tratadas como passivo ambiental."
De acordo com o parlamentar, “causa tristeza a ausência do secretário Eduardo Jorge”. E mais: “Uma CPI da Câmara Municipal de São Paulo, maior parlamento do ocidente, que está tratando do maior problema que temos hoje na humanidade, e quando se convida o secretário do Meio Ambiente e ele não vem, a gente percebe que está sinalizando para que nós temos de caminhar de novo para um relatório vazio.”
Além disso, o secretário enviou para a CPI técnico que atua no setor há apenas 2 anos e 10 meses. “Independente da experiência dele, da beleza dos concursos para selecionar, o moço deve ser muito bom, mas estamos falando aqui de histórias muito antigas. Por exemplo, a estação de tratamento Vergueiro, que tem 51 anos de existência, não tem estudo de impacto ambiental. Agora, chega um técnico recém-formado nesse processo; o que ele vai responder?”
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Vereadores ficam irritados com ausência de autoridades
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