ELDER FERRARI
DA WEB RÁDIO CÂMARA
A Comissão de Estudos a Aplicação dos Recursos Destinados à Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, em particular aos projetos e programas que dizem respeito à periferia da cidade, recebeu nesta quinta-feira (22/6) representantes da Secretaria Municipal de Fazenda, que expuseram a atual situação financeira da Prefeitura de São Paulo.
A Comissão tenta negociar a liberação de verbas da Secretaria da Cultura, que teve 43,5% do Orçamento para este ano congelados no início da gestão do prefeito João Doria (PSDB). Diogo de Tulio Vasconcelos, chefe da Assessoria Econômica da Secretaria Municipal da Fazenda, explicou que até agora houve uma queda de R$ 700 milhões na arrecadação, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Ele disse que um redirecionamento de recursos de outras áreas para a Cultura depende de uma análise mais aprofundada, mas afirmou que os recursos não empenhados da Prefeitura estão cada vez menores.
“Se há espaços ou não para esse redirecionamento é uma decisão política. As despesas rígidas da Prefeitura, que são aquelas que têm menor possibilidade de redução estão em franco crescimento e isso impede que a Prefeitura tenha recursos para investir livremente”.
O vereador Toninho Véspoli (PSOL) acredita que a Prefeitura tem condições de analisar a situação da Cultura e diminuir esse congelamento que inviabiliza diversos projetos e programas importantes para os moradores da periferia de São Paulo
“A prefeitura tem cortado vários serviços, o que demonstra que ela vai conseguir chegar no zero a zero quanto a receitas e despesas. Isso foi confirmado pelo próprio representante da Secretaria de Fazenda. Assim, não justifica um corte tão grande na Cultura”
Ficou decidido na reunião que a Comissão de Estudos vai procurar o secretário de Governo, Julio Semeghini, para discutir o assunto. O presidente da Comissão, vereador Antônio Donato (PT) acredita que as análises orçamentárias e os debates econômicos terminaram. Ele disse que agora é necessário um movimento político no sentido de liberar os recursos da Cultura.
“Existe espaço orçamentário para descongelar R$ 100 milhões para viabilizar a Cultura da periferia. Por isso vamos procurar o caminho político para que nós possamos avançar e descongelar imediatamente esses recursos”.
