A Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente recebeu nesta quarta-feira (10/5) representantes da JCDecaux do Brasil – empresa de mídia exterior que tem a concessão dos relógios de rua da capital paulista – para discutir os locais onde esse mobiliário é instalado. Para os vereadores, é necessário que a periferias também tenham relógios informativos.
De acordo com a diretora geral da JCDecaux, Célia Biondi Rodriguez, São Paulo tem mil relógios espalhados pela cidade, sendo que a empresa seguiu os critérios estabelecidos quando ganhou a concessão do mobiliário urbano. “O acordo previa colocar 342 relógios no local onde estavam os velhos e, no mínimo, 150 nas regiões norte, sul, leste e oeste. Sendo que no centro seriam, no máximo, cem na região central”, detalhou.
Questionada sobre a necessidade da colocação dos relógios nas periferias, Célia acrescentou que são necessários uma série de requisitos para a escolha da área onde serão instalados os equipamentos. “O ideal é que o local tenha um fluxo grande pessoas para atender o maior número de cidadãos e calçadas largas para não representar um risco para a sociedade”, disse Célia.
A JCDecaux foi convidada pela Comissão a pedido do vereador Camilo Cristófaro (PSB). De acordo com ele, muitos o procuraram para reclamar que os relógios ficam concentrados em determinadas regiões. “A população cobra porque os equipamentos ficam em áreas elitizadas e nós, vereadores, ouvimos e buscamos solucionar os problemas trazidos pela sociedade. O que me motivou a trazer a empresa para explicar item por item do contrato”, argumentou.
Para Cristófaro, os esclarecimentos foram suficientes. “O problema de vandalismo e violência nas periferias foi mais um dos motivos apresentados pela empresa. No entanto, a população não tem culpa dessa situação e precisamos estudar o que pode ser feito para que as áreas mais distantes tenham os relógios”, comentou.
A utilização que a atual gestão tem feito dos relógios foi elogiada por Cristófaro. “Vários programas estão sendo divulgados [a concessão prevê que parte das propagandas deva ser do poder público] e podemos pensar em fazer o mesmo com os trabalhos realizados pela Câmara. Para que a população saiba quando ocorrem audiências e outros eventos”, disse.