O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Eduardo Tuma (PSDB), abriu a Tribuna Livre no Plenário 1° de Maio, na tarde desta quinta-feira (21/11). A iniciativa foi instituída pelo Precedente Regimental 02/2019, para que os vereadores possam expor assuntos de livre escolha, em dias em que não há quórum para a Sessão Plenária.
O primeiro a utilizar a Tribuna Livre foi o vereador Alfredinho (PT). O parlamentar aproveitou o tempo de cinco minutos previstos para repudiar a atitude do deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP), que vandalizou obra da exposição sobre o mês da Consciência Negra, na Câmara dos Deputados, em Brasília. “A bancada de vereadores do PT de São Paulo repudia a manifestação de intolerância e tentativa de censura que ocorreu na Câmara dos Deputados, em Brasília, durante a abertura da exposição”, disse Alfredinho, ao ler um dos trechos da nota da bancada do partido.
Na sequência, a vereadora Soninha Francine (CIDADANIA) subiu à Tribuna do Plenário, também com críticas ao deputado federal Coronel Tadeu. A parlamentar usou o espaço ainda para convidar a população para participar de duas Audiências Públicas temáticas referentes ao Orçamento 2020. E ainda do Seminário sobre Bitucas de Cigarro – Cenários, Problemas e Soluções, organizado pelo mandato da vereadora e pela Comissão Extraordinária de Meio Ambiente. Os encontros estão na agenda da Câmara desta sexta-feira (22/11). “As bitucas de cigarro se constituem em um problema ambiental gravíssimo”, comentou Soninha. “A bituca é um lixo tóxico, resistente à água e não é biodegradável”, afirmou a parlamentar.
Homenagem a Pinochet
Outro assunto que repercutiu no Plenário foi a sugestão do deputado estadual Frederico D’Avila (PSL), que propôs uma Sessão Solene na Assembleia Legislativa de São Paulo, para homenagear o ditador chileno Augusto Pinochet (1915-2006).
O vereador Prof. Claudio Fonseca (CIDADANIA) leu uma nota do seu partido para criticar a recomendação do deputado do PSL. “Os nossos cumprimentos ao presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris, que proibiu a realização dessa sessão, que atenta contra a democracia e colocaria nossa cidade, nosso estado, em uma situação constrangedora”, afirmou Fonseca.
O tema também fez parte do discurso do vereador Celso Giannazi (PSOL). Para o vereador, a homenagem a Pinochet seria um incentivo à violência e contrário à democracia. “O deputado estadual Carlos Giannazi acionou o Ministério Público imediatamente, e acionou o Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa, pedindo providências para que o presidente Cauê Macris impeça esse absurdo”, afirmou o vereador Giannazi.
Dia da Consciência Negra
Já o vereador Reis (PT) discursou sobre a Marcha da Consciência Negra, realizada na quarta-feira (20/11), entre o MASP (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista, e a Praça Ramos de Azevedo, no centro da cidade de São Paulo.
Reis destacou que a caminhada fez parte do calendário de eventos da capital paulista, por determinação da Lei n° 17.045, de autoria do próprio parlamentar. “Realmente foi uma marcha muito bonita, muito bem organizada. Ali na manifestação, foi cobrada a questão do investimento na educação, na saúde, o fim do genocídio. A marcha cumpriu o seu papel”, disse Reis.
Assista a todos os discursos da Tribuna Livre na íntegra: