O viaduto 31 de Março, localizado no Brás, passará a se chamar Therezinha Zerbini. A mudança foi proposta no Projeto de Lei (PL) 196/2017, da vereadora Adriana Ramalho (PSDB), aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo e sancionado pelo Prefeito da capital paulista, João Doria, que deu origem a Lei 16.846/2017.
O nome do viaduto que antes homenageava o Golpe Militar de 1964, agora fará referência à advogada e fundadora do Movimento Feminino pela Anista, que defendeu o retorno dos exilados políticos ao Brasil durante a Ditadura Militar.
A líder do PSDB na Câmara levou em conta o programa Ruas de Memória – criado para alterar os nomes de ruas, pontes, viadutos, praças e outros logradouros que homenageiam pessoas vinculadas ao regime militar (1964-1985) – para denominar o viaduto de Therezinha Zerbini.
O programa Ruas de Memória foi apresentado pela Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania com base nas recomendações do Programa Nacional de Direitos Humanos e no Relatório da Comissão da Verdade.
A capital paulista tem 40 nomes de ruas ligados à Ditadura, sendo que 22 deles estão diretamente vinculados à repressão.
A vereadora Adriana Ramalho ainda levou em consideração o projeto “Somos mais que 16%” criado pela agência FCB e promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo para chamar a atenção da população para a discrepância de representação das mulheres nos nomes de ruas da cidade.
A tucana considera fundamental essa mudança de nome. “Therezinha Zerbini foi assistente social, advogada e ativista de direitos humanos. Dedicou-se em vida à luta pela anistia de exilados e presos políticos”, justificou Adriana Ramalho.
Muito bom. Só que não podem deixar o do Romeu Tuma.
Por que não lembrar que o projeto Ruas de Memória foi criado na gestão de Fernando Haddad por sugestão é empenho de seu Secretário de Direitos Humanos Rogério Sottili?