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Violência contra jornalistas é debatida na Câmara

Por: - DA REDAÇÃO

27 de abril de 2017 - 22:11

 

André Bueno/CMSP

Sessão Solene em comemoração ao Dia do Jornalista e aos 80 Anos do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo

A violência contra os jornalistas foi tema de debate nesta quinta-feira (27/4) na Câmara Municipal de São Paulo. A discussão foi promovida durante Sessão Solene em comemoração ao Dia do Jornalista e aos 80 anos do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo.

De acordo com a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), o Brasil é um dos locais mais perigosos para o exercício do jornalismo. Entre os principais agressores aos profissionais, indicaram os participantes do debate, está a Polícia Militar.

A repórter da rádio CBN, Daniella Laso, contou que teve seu celular apreendido, no ano passado, enquanto filmava uma operação na região da chamada “Cracolândia”.

“Eu não sei o motivo. Imagino que tenha sido porque eu estava gravando no momento em que eles [policiais] estavam jogando bombas contra os dependentes químicos. Todo o material foi apagado. No entanto, posteriormente conseguimos recuperar”, disse.

Para Daniella é fundamental que as instituições respeitem o trabalho dos jornalistas. “O desafio é que as autoridades tenham cuidado quando estivermos fazendo coberturas”, acrescentou.

Outro caso mencionado durante as discussões foi o do repórter fotográfico Sérgio Silva. Ele perdeu a visão de um olho ao ser atingido por uma bala de borracha na cobertura dos protestos contra o aumento da passagem de ônibus, em 2013.

Esses profissionais, explicou o secretário-geral da Arfoc (Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado de São Paulo), Erivam de Oliveira, são visados durante as manifestações.

“A agressão vem dos policiais e até mesmo da população. É necessário que façamos mais reuniões para que as autoridades entendam que os jornalistas estão apenas cobrindo o que acontece”,sugeriu.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas na década de 1970 – durante o período da Ditadura Militar –, Audálio Dantas, chamou à atenção para a importância das associações na luta pela redemocratização e liberdade de imprensa.

“O Sindicato tem uma importância enorme e merece essa homenagem. A violência policial contra os jornalistas e toda a população deve ser condenada. Os policias agem como se estivem em um Estado de Exceção”, opinou.

O atual presidente do Sindicato dos Jornalistas, Paulo Zocchi, concordou com os participantes. “As autoridades e a Polícia Militar não atuam sob o preceito de garantir o direito de liberdade de imprensa. Percebemos que a atuação visa coibir e combater os movimentos populares e as manifestações, atingindo os jornalistas que estão registrando tudo aquilo”, explicou.

O proponente do evento, vereador Antonio Donato (PT), parabenizou o Sindicato dos Jornalistas e ressaltou a importância desses profissionais para levar a informação a todos.

“A liberdade de imprensa é um dos pilares da democracia. Esse evento é para comemorar e refletir sobre a violência que os jornalistas sofrem. A Polícia Militar tem tido uma postura autoritária e sem diálogo na maioria das manifestações. Faço parte da Comissão de Segurança e o vereador Eduardo Suplicy (PT), da Comissão de Direitos Humanos, e estaremos à disposição para debater e lutar contra qualquer arbitrariedade cometida pela polícia contra a liberdade do exercício da profissão”, finalizou.

Confira as homenagens da noite:

Os ex-presidentes do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo:
Audálio Dantas
Robson Moreira
Everaldo Gouveia
Fred Ghedini
José Augusto Camargo
Paulo Zocchi – atual presidente

Entidades:
ABI
Arfoc-SP
Associação Profissão Jornalista
Associação dos Jornalistas Veteranos
Oboré

Veja mais fotos da Sessão Solene:

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