Os debates desta quarta (22/5) na Câmara tiveram como principal tema a Virada Cultural, realizada no último fim de semana. As notícias divulgadas pela imprensa sobre arrastões, tiroteios e mortes durante o evento levaram alguns parlamentares a questionar as medidas tomadas pelo poder público para garantir a segurança do público.
O líder do PT, Alfredinho, questionou o destaque dado para esses episódios. Estão querendo achar um culpado para a violência na cidade, e agora é a Virada Cultural. Como se não houvesse casos de violência nas viradas anteriores, questionou o vereador.
Durante o fim de semana, foram registradas duas mortes uma por tiro de arma de fogo e outra por overdose e quatro feridos a bala. Esses números não divergem muito do registrado em anos anteriores: em 2012, foram dois baleados e uma morte; em 2011, uma pessoa morreu durante o evento.
Para o vereador Coronel Camilo (PSD), ex-comandante da PM no Estado de São Paulo, houve uma diminuição das atividades de prevenção, como o combate à venda de bebidas alcoólicas e ao comércio irregular.
Floriano Pesaro (PSDB) criticou a decisão de concentrar os eventos no centro da cidade neste ano não houve atrações nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) que, em 2012, receberam 162 apresentações. Para Pesaro, isso sobrecarregou a região e dificultou a atuação da polícia. A decisão de desconcentrar é inteligente. Mas a Prefeitura optou por não realizar atividades na periferia, disse o líder tucano.
O vice-líder do governo na Casa, Orlando Silva (PCdoB), lamentou que as notícias sobre a segurança da Virada tenham sido a principal pauta da imprensa este ano. Não podemos ocultar o brilho do evento por causa desses incidentes, afirmou. Mortes, agressões e arrastões acontecem todos os dias na periferia. Mas quando acontecem nas barbas do Centro, perto da elite, isso causa uma preocupação maior.
(22/05/2013 – 19h41)